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Adria Santos e Clodoaldo Silva - grandes campeões paralímpicos

Por Nathalia Amarante

Adria Santos, que já foi considerada a velocista cega mais rápida do mundo, tem uma doença degenerativa responsável pela perda da sua visão de forma gradual até ficar completamente cega em 1994. Nessa época, a velocista já tinha participado de duas edições dos Jogos Paralímpicos: Seul em 1988 (com apenas 14 anos de idade e 1 ano de treinamento) e Barcelona em 1992. E já tinha conquistado uma de medalha de ouro e duas de prata. Atualmente a Adria é tetracampeã paralímpica e é considerada o maior nome do Brasil entre as mulheres. Sua última participação em jogos paralímpicos foi em Pequim 2008, quando conquistou uma medalha de bronze nos 100m rasos, na classe T11*. Ao todo, Adria conquistou 13 medalhas nas provas de atletismo (4 medalhas de ouro, 8 de prata e 1 de bronze), fato que lhe colocou até hoje no topo da historia do esporte paralímpico brasileiro como a maior medalhista feminina do país. Adria sempre correu com um atleta-guia ao lado, usando um cordão de ligação entre eles.

Adria coleciona medalhas em sua carreira: são 654 no total, sendo 583 ganhas em competições nacionais e 71 em internacionais, incluindo as treze conquistadas em paralimpíadas. Todas essas medalhas e conquistas renderam o título de maior medalhista brasileira feminina nas paralimpíadas, de velocista cega mais rápida do mundo em 2000 e 2006 e, também, o de atleta brasileira mais influente pela Forbes, em 2010. Hoje em dia a ex-atleta é comentarista das paralimpíadas e faz paraciclismo, e pretende competir na nova modalidade.

Clodoaldo Silva, também conhecido como Tubarão Paralímpico, é um dos principais nomes do esporte paralímpico do Brasil. Ele está entre os maiores medalhistas do desporto adaptado do país. Em cinco edições de Jogos Paralímpicos conquistou a marca impressionante de 14 medalhas (6 ouros, 6 pratas e 2 bronze).

Por conta de uma falta de oxigenação durante o parto ele nasceu com paralisia cerebral, o que afetou seus membros inferiores. Suas conquistas ajudaram o país a reconhecer o esporte de alto rendimento para pessoas com deficiência. 

Clodoaldo foi o atleta escolhido para conduzir e acender a Pira Paralímpica na abertura dos Jogos do Rio, em 2016. Além de se destacar nas piscinas, o campeão paralímpico é palestrante, empresário, comentarista do esporte paralímpico, pai dedicado e atuante na área de inclusão das pessoas com deficiência.

Ele já participou de 5 jogos paraolímpicos (Sydney, Atenas, Pequim, Londres e Rio de Janeiro), conquistou 14 medalhas paraolímpicas (6 ouros, 6 pratas e 2 bronzes) e coleciona 6 recordes mundiais (50, 100 e 200m livre, 50m borboleta, 150m medley e revezamento 4x4 medley).

Adria e Clodoaldo já participaram de lives com o Instituto Novo Ser e a parceria é sempre rodeada de muita admiração.

*Nas provas de atletismo os competidores são divididos em classes esportivas de acordo com a funcionalidade na prática esportiva para atletas com deficiência física e acuidade visual para atletas com deficiência visual. Os que disputam provas de pista (velocidade, meio fundo, fundo e saltos) e de rua (maratona), levam a letra T (de track) em sua classe. Já os atletas que fazem provas de campo (arremessos, lançamentos) são identificados com a letra F(field) na classificação. Para os atletas com deficiência visual, as regras de utilização de atletas-guia e de apoio variam de acordo com a classe funcional. Nas provas de 5000m, de 10.000m e na maratona, os atletas das classes T11 e T12 podem ser auxiliados por até dois atletas-guia durante o percurso (a troca é feita durante a disputa).

Referências:
https://www.cpb.org.br/modalidades/46/atletismo
https://midianinja.org/ninjaesporteclube/vozes-e-rostos-comentaristas-paralimpicos/
http://clodoaldosilva.com.br